Os símbolos da Revolução Francesa [História no Enem]

Postado em 18 de out de 2021
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A Revolução Francesa de 1789 é um dos assuntos de História que mais aparecem no Enem. E dá para entender o motivo: os símbolos desse movimento social e político são resgatados até hoje nas democracias contemporâneas.

Aqui você vai conhecer as origens e os significados desses símbolos, além de um resumo sobre os principais acontecimentos da Revolução Francesa.

Lembramos que este resumo é um recorte e alguns eventos históricos ficaram de fora. Ao final desse guia, você vai encontrar indicação de materiais para complementar os seus estudos.

Boa leitura!

 

 

A Era das Revoluções

A Revolução Francesa está inserida em um período chamado pelos historiadores Robert Palmer e Jacques Godechot de “Era das Revoluções”.

Como o nome já diz, esse momento histórico foi marcado por uma série de revoluções democráticas na Europa Ocidental e nas Américas. Elas eram marcadas por ideais constitucionais e de autodeterminação.

Os grupos sociais que lideraram essas revoluções, como a burguesia, defendiam que o rei fosse subordinado a uma Carta Magna, ou seja, uma constituição, como na Inglaterra, após a Revolução Gloriosa (1688). Estes seriam os ideais constitucionais.

Já quando falamos em autodeterminação, estamos à ideia de que o povo tem o direito de autogoverno e de decidir livremente a própria situação política.

Esse ideal vai contra o sistema social e político do Antigo Regime, caracterizado pelo poder centralizado na figura do rei, que teria o direito divino de governar.

Isso significa que a Revolução Francesa não foi um fenômeno único nem isolado. Alguns exemplos de processos históricos inseridos na Era das Revoluções são:

  • Revolução da Córsega (1760)
  • Revolução Americana (1775-1784)
  • Revolução Haitiana (1791-1804)
  • Revolução Belga (1830-1831)
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O Iluminismo

O Iluminismo é uma corrente de pensamento que se estabeleceu ao longo do século 18 que está inserida no contexto da Era das Revoluções.

Os principais ideais iluministas eram:

  • A razão deve guiar a produção do conhecimento e não a fé;
  • O poder emana do ser humano e não de uma origem divina;
  • Limitação do poder do rei;
  • Liberdade e igualdade entre os seres humanos;
  • Separação entre Estado e Igreja.

Os principais pensadores desse período são:

  • Adam Smith (1723-1790)
  • David Hume (1711-1776)
  • Immanuel Kant (1724-1804)
  • Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)
  • John Locke (1632-1704)
  • Montesquieu (1689-1755)
  • Voltaire (1694-1778)

Fases da Revolução Francesa

A historiografia tradicional costuma dividir a Revolução Francesa em três grandes fases:

  1. Assembleia Nacional Constituinte e Monarquia Constitucional (1789-1792)
  2. Convenção Nacional Jacobina (1792-1794)
  3. Diretório (1794-1799)

Confira um resumo dos principais acontecimentos de cada uma delas a seguir.

1. Assembleia Nacional Constituinte e Monarquia Constitucional (1789-1792)

A Assembleia Nacional Constituinte foi realizada em 9 de julho de 1789 após o fracasso da Assembleia dos Estados Gerais, convocada pelo rei Luís XVI (1754-1793) em maio do mesmo ano.

A Assembleia dos Estados Gerais reuniu representantes dos três estados da sociedade francesa. Eles eram compostos por:

  1. Primeiro Estado: reunia membros da Igreja, que podiam ter origem nobre, compondo o alto clero, ou popular, integrando o baixo clero.
  2. Segundo Estado: reunia membros da nobreza, que faziam parte da corte do rei ou estavam ligados ao campo.
  3. Terceiro Estado: reunia camponeses, profissionais liberais, trabalhadores urbanos e setores da burguesia que não conseguiram comprar títulos de nobreza. Representava a maioria da população francesa do período.

Por causa dessa divisão, você vai ouvir com frequência nos seus estudos que a França antes da revolução de 1789 era uma “sociedade estamental”. Este termo se refere à separação da sociedade em grupos sociais determinados pela origem familiar dos seus integrantes.

Em uma sociedade estamental, há pouca mobilidade social. Se um homem ou uma mulher nascem servos, provavelmente vão exercer essa função durante toda a vida.

Outra característica está relacionada aos privilégios. O Primeiro e o Segundo estados não pagavam o mesmo volume de impostos que os membros do Terceiro Estado, o que por si só já era motivo de descontentamento.

Para agravar esse cenário, houve um aumento nas taxações para arcar com os prejuízos da colheita de grãos na década de 1780 e com as dívidas feitas pela Coroa em conflitos anteriores, como a Guerra dos Sete Anos (1756-1763).

Esse foi o principal tema de discussão da Assembleia dos Estados Gerais em 5 de maio de 1789. Para chegar a uma conclusão sobre os impostos pagos ao rei, era necessário realizar uma votação entre os deputados dos três estados.

Cada estado tinha direito a um voto. Isso significava que o peso do voto do Terceiro Estado era o mesmo do Primeiro e Segundo estados, apesar de compor a maioria dos deputados da assembleia.

Gravura da abertura da Assembleia de Estados Gerais feita por Isidore-Stanislaus Helman (1743-1806) e Charles Monnet (1732-1808). Créditos: Domínio Público/Bibliothèque Nationale de France/Wikimedia Commons.Gravura da abertura da Assembleia de Estados Gerais. Domínio Público/Bibliothèque Nationale de France/Wikimedia Commons.

Por não concordar com esse sistema de votação, os representantes do Terceiro Estado convocaram uma Assembleia Nacional em 20 de junho de 1789. Eles representariam toda a sociedade francesa, constituindo assim um poder independente do rei.

Para aplacar os ânimos, Luís XVI convocou a Assembleia Nacional Constituinte. As sessões se estenderam até 30 de setembro de 1791, com a promulgação de uma constituição.

Outros resultados da Assembleia Nacional Constituinte foram:

  • Abolição dos direitos feudais;
  • Aprovação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que dava igualdade jurídica aos cidadãos;
  • Separação de Igreja e Estado;
  • Expansão da representação política da população;
  • Adoção do voto censitário.

Com a Constituição Francesa de 1791, a Assembleia Nacional Constituinte encerrou as atividades e foi instaurada a Convenção Nacional.

IMPORTANTE: apesar de geralmente ser associado ao absolutismo, o rei Luís XVI era considerado um reformista pelo clero e pela nobreza da época. Ele havia tentado implantar uma reforma tributária na França na década de 1780 para aumentar os impostos pagos pelo Primeiro e Segundo estados, sem sucesso. O monarca também tentou abolir a servidão e promover a tolerância religiosa em relação aos protestantes.

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2. Convenção Nacional Jacobina (1792-1794)

Conhecida como “Terror Jacobino”, a segunda fase da Revolução Francesa tem como marco inicial a deposição de Luís XVI, em agosto de 1792 – o rei seria condenado à morte em 15 de janeiro de 1793.

A decisão de guilhotinar o monarca dividiu os dois grupos políticos que compunham a Convenção, os girondinos e os jacobinos. As principais características deles eram:

  • Girondinos: deputados que vinham da alta burguesia, como empresários e comerciantes. Eram conhecidos pelas pautas moderadas e por defender a monarquia constitucional.
  • Jacobinos: deputados que vinham da baixa burguesia, como advogados, médicos e intelectuais. Tinham posições mais radicais e defendiam o regime republicano.

Apesar das diferenças de posicionamento político, em 22 de setembro de 1792 a Convenção proclamou a República Francesa.

No ano seguinte, os jacobinos deram um golpe e prenderam boa parte dos deputados girondinos. A França passou a ser governada por um Comitê de Salvação Nacional, que decretou medidas de exceção para lidar com as ameaças internas e externas.

Entre elas estava a Lei dos Suspeitos, de 17 de setembro de 1793, que determinava a prisão de todo cidadão que fosse suspeito de conspirar contra a revolução.

O terrorismo de Estado e as execuções em massa com a guilhotina fizeram com que o período de governo do comitê fosse chamado de “Regime do Terror”. O principal nome dessa fase da Revolução Francesa é o do jacobino Maximilien de Robespierre (1758-1794), que também acabaria guilhotinado.

Pintura de Robespierre feita em 1790. Artista desconhecido. Créditos: Domínio Público/Musée Carnavalet/Wikimedia Commons.Pintura de Robespierre feita em 1790. Artista desconhecido. Domínio Público/Musée Carnavalet/Wikimedia Commons.

3. Diretório (1794-1799)

A terceira fase da Revolução Francesa se inicia com a retomada do poder pelos girondinos e a promulgação de uma nova Constituição, em 1795.

A Carta Magna determinava a criação do Diretório, que se responsabilizaria pelo Poder Executivo. A entidade era formada por cinco pessoas eleitas pelo Conselho dos Anciãos e pelo Conselho dos Quinhentos, órgãos substitutos da Convenção Nacional.

A política do Terror continuou, mas perseguindo aos jacobinos. O Diretório tentou se afastar dos ideais monárquicos e das ações revolucionárias mais radicais.

Ao mesmo tempo, a França se envolveu em conflitos com as nações vizinhas. Foi nestes anos de guerra que o general Napoleão Bonaparte se tornou uma figura conhecida entre os franceses e ganhou popularidade.

Ele foi convidado para integrar o governo, mas articulou um golpe contra o Diretório, que ficou conhecido como o Golpe de 18 de Brumário (1799).

A França passou a ser governada pelo Consulado, que reunia três representantes do Poder Executivo. Entre eles estava Napoleão Bonaparte, que, na prática, era quem tomava as decisões.

Mas a ascensão de Napoleão é tema para outro resumo de história do Blog do EAD.

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5 símbolos da Revolução Francesa

Os acontecimentos de 1789 foram tão marcantes que os símbolos da Revolução Francesa fazem parte do nosso imaginário até hoje. Conheça cinco deles.

1. Lema da Revolução Francesa

O lema da Revolução Francesa era:

“Liberté, égalité, fraternité”
Liberdade, igualdade, fraternidade

Esses ideais foram amplamente difundidos no século XVIII na Europa. Na França, esteve presente em discursos de líderes revolucionários como Robespierre.

O lema foi inserido nas constituições francesas de 1848, 1946 e 1958.

2. A bandeira da França

Com três listras nas cores azul, branco e vermelho, a bandeira francesa se tornou um símbolo oficial da revolução em 1794.

O azul e o vermelho são as antigas cores de Paris, enquanto o branco era a cor do rei.

A combinação das três cores é um símbolo da Revolução Francesa que sobreviveu à Restauração (1814-1830), à Revolução de 1848 e à Terceira República (1870-1940).

A bandeira tricolor se tornou o emblema nacional da República Francesa a partir da Constituição de 1946.

Bandeira da França. Créditos: PXhere.Bandeira da França. PXhere.

3. Queda da Bastilha

Inserida na fase da Assembleia Nacional Constituinte e Monarquia Constitucional, a Queda da Bastilha é um dos marcos iniciais da Revolução Francesa.

A Bastilha era uma antiga prisão de Paris, onde eram encarcerados os inimigos políticos do rei. Ela foi tomada pelos parisienses em 14 de julho de 1789, após a demissão do ministro Jacques Necker (1732-1804) e a chegada de novas tropas à cidade.

A partir da Terceira República, o 14 de julho é um feriado nacional na França. A data é mercada por desfiles militares, bailes e fogos de artifício.

Pintura histórica da Tomada da Bastilha, feita em 1870 por Jean-Pierre Houël (1735-1813). Créditos: Domínio Público/Bibliothèque Nationale de France/Wikimedia Commons.Pintura histórica da Tomada da Bastilha, feita em 1870 por Jean-Pierre Houël (1735-1813). Domínio Público/Bibliothèque Nationale de France/Wikimedia Commons.

4. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão

Como vimos no tópico sobre a primeira fase da Revolução Francesa, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi um dos resultados da Assembleia Nacional Constituinte.

O texto final do documento foi votado em 26 de agosto de 1789 pelos deputados e ratificado por Luís XVI em 5 de outubro do mesmo ano.

Inspirada na Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776), a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão defendia:

  • A liberdade, a propriedade, a segurança e a luta contra a opressão como direitos naturais e imprescritíveis;
  • A igualdade de todos os homens perante a lei e a justiça;
  • A soberania nacional;
  • Liberdade de agir e de se expressar, desde que não prejudique o próximo;
  • A separação entre os poderes.

O texto foi usado como referência para as constituições francesas de 1852, 1946 e 1958. Seus ideais também estão presentes na Convenção Europeia dos Direitos do Homem, assinada em Roma em 4 de novembro de 1950.

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Pintura da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão feita por Jean-Jacques Le Barbier (1738–1826). Créditos: Domínio Público/Joconde Database.Pintura da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão feita por Jean-Jacques Le Barbier (1738–1826). Domínio Público/Joconde Database.

5. A Marselhesa

A Marselhesa tem origem em um canto de guerra composto por Claude-Joseph Rouget de Lisle (1760-1836). Ela se popularizou na Jornada de 10 de Agosto de 1792, quando a população invade o Palácio das Tulherias para pedir a deposição do rei Luís XVI.

Em 14 de julho de 1795, A Marselhesa foi declarada canto nacional e, em 1879, se tornou o hino nacional da França.

Havia diferentes versões da música que circulavam pelo país, por isso o governo criou uma comissão em 1887 para definir a versão oficial.

Ouça o hino francês na voz de Candice Parise, em apresentação para o desfile militar de 14 de julho de 2022:

Reparou que o vídeo reúne três símbolos da Revolução Francesa?

O feriado em celebração à Queda da Bastilha (14 de julho), a bandeira tricolor e A Marselhesa.

Exercícios sobre Revolução Francesa que caíram no Enem

Depois de estudar os principais acontecimentos e os símbolos da Revolução Francesa, chegou o momento de responder questões para fixar o conhecimento.

As questões foram retiradas do banco de provas e gabaritos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pela realização do Enem.

Questão 1 – Enem Digital 2021

DAVID, J-L. A coroação de Napoleão (detalhe). Óleo sobre tela, 621 x 979 cm. Louvre, França, 1807. Disponível em: http://theweddingtiara.com. Acesso em: 8 abr. 2015.

O gesto representado no quadro simboliza uma diferença entre o império napoleônico e a monarquia absolutista, por

  1. reduzir a autoridade do clero.
  2. instaurar a censura da imprensa.
  3. controlar a organização judiciária.
  4. suspender as pensões da nobreza.
  5. desrespeitar a propriedade privada.
✅Gabarito: A 

Questão 2 – Enem 2021

Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão -1789

Os representantes do povo francês, tendo em vista que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos direitos do homem são as únicas causas dos males públicos e da corrupção dos governos, resolveram declarar solenemente os direitos naturais, inalienáveis e sagrados do homem, a fim de que esta declaração, sempre presente em todos os membros do corpo social, lhes lembre permanentemente seus direitos e seus deveres; a fim de que as reivindicações dos cidadãos, fundadas em princípios simples e incontestáveis, se dirijam sempre à conservação da Constituição e à felicidade geral.

Disponível em: www.direitoshumanosusp.br. Acesso em: 7 jun. 2018 (adaptado)

Esse documento, elaborado no contexto da Revolução Francesa, reflete uma profunda mudança social ao estabelecer a

  1. manutenção das terras comunais.
  2. supressão do poder constituinte.
  3. falência da sociedade burguesa.
  4. paridade do tratamento jurídico.
  5. abolição dos partidos políticos.
✅Gabarito: D 

Questão 3 – Enem PPL 2011

Atualmente, a noção de que o bandido não está protegido pela lei tende a ser aceita pelo senso comum. Urge mobilizar todas as forças da sociedade para reverter essa noção letal para o Estado Democrático de Direito, pois, como dizia o grande Rui Barbosa, “A lei que não protege o meu inimigo, não me serve”.

SAMPAIO, P A. Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. In.: Os Direitos Humanos desafiando o século XXI. Brasília: OAB; Conselho Federal; Comissão Nacional de Direitos Humanos, 2010.

No texto, o autor estabelece uma relação entre democracia e direito que remete a um dos mais valiosos princípios da Revolução Francesa: a lei deve ser igual para todos. A inobservância desse princípio é uma ameaça à democracia, porque

  1. resulta em uma situação em que algumas pessoas possuem mais direitos do que outras.
  2. diminui o poder de contestação dos movimentos sociais organizados.
  3. favorece a impunidade e a corrupção por meio dos privilégios de nascimento.
  4. consagra a ideia de que as diferenças devem se basear na capacidade de cada um.
  5. restringe o direito de voto a apenas uma parcela da sociedade civil.
✅Gabarito: A 

Questão 4 – Enem 2010

Em nosso país queremos substituir o egoísmo pela moral, a honra pela probidade, os usos pelos princípios, as conveniências pelos deveres, a tirania da moda pelo império da razão, o desprezo à desgraça pelo desprezo ao vício, a insolência pelo orgulho, a vaidade pela grandeza de alma, o amor ao dinheiro pelo amor à glória, a boa companhia pelas boas pessoas, a intriga pelo mérito, o espirituoso pelo gênio, o brilho pela verdade, o tédio da volúpia pelo encanto da felicidade, a mesquinharia dos grandes pela grandeza do homem.

HUNT, L. Revolução Francesae: Vida Privada, in: PERROT, M. (Org). História da Vida Privada: da Revolução Francesa à Primeira Guerra. Vol.4. São Paulo: Companhia das Letras,1991(adaptado).

O discurso de Robespierre, de 5 de fevereiro de 1794, do qual o trecho transcrito é parte, relaciona-se a qual dos grupos político-sociais envolvidos na Revolução Francesa?

  1. À alta burguesia, que desejava participar do poder legislativo francês como força política dominante.
  2. Ao clero francês, que desejava justiça social e era ligado à alta burguesia.
  3. A militares oriundos da pequena e média burguesia, que derrotaram as potências rivais e queriam reorganizar a França internamente.
  4. À nobreza esclarecida, que, em função do seu contato com os intelectuais iluministas, desejava extinguir o absolutismo francês.
  5. Aos representantes da pequena e média burguesia e das camadas populares, que desejavam justiça social e direitos políticos.
✅Gabarito: E

Questão 4 – Enem 2007

Em 4 de julho de 1776, as treze colônias que vieram inicialmente a constituir os Estados Unidos da América (EUA) declaravam sua independência e justificavam a ruptura do Pacto Colonial. Em palavras profundamente subversivas para a época, afirmavam a igualdade dos homens e apregoavam como seus direitos inalienáveis: o direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade. Afirmavam que o poder dos governantes, aos quais cabia a defesa daqueles direitos, derivava dos governados.

Esses conceitos revolucionários que ecoavam o Iluminismo foram retomados com maior vigor e amplitude treze anos mais tarde, em 1789, na França.

Emília Viotti da Costa. Apresentação da coleção. In: Wladimir Pomar. Revolução Chinesa. São Paulo: UNESP, 2003 (com adaptações).

Considerando o texto acima, acerca da independência dos EUA e da Revolução Francesa, assinale a opção correta.

  1. A independência dos EUA e a Revolução Francesa integravam o mesmo contexto histórico, mas se baseavam em princípios e ideais opostos.
  2. O processo revolucionário francês identificou-se com o movimento de independência norte-americana no apoio ao absolutismo esclarecido.
  3. Tanto nos EUA quanto na França, as teses iluministas sustentavam a luta pelo reconhecimento dos direitos considerados essenciais à dignidade humana.
  4. Por ter sido pioneira, a Revolução Francesa exerceu forte influência no desencadeamento da independência norte-americana.
  5. Ao romper o Pacto Colonial, a Revolução Francesa abriu o caminho para as independências das colônias ibéricas situadas na América.
✅Gabarito: C

 

🏆BÔNUS: para complementar seus estudos sobre Revolução Francesa

Como dissemos, esse resumo sobre a Revolução Francesa é um recorte.

Se você quiser se aprofundar sobre o assunto, confira algumas indicações de vídeos e podcasts:

Vídeos

  • REVOLUÇÃO FRANCESA: TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER! 2018. 1 vídeo (54 min). Publicado pelo canal Débora Aladim. Disponível em <https://youtu.be/ceCcZooYDBo>. Acesso em: 3 ago. 2022.
  • A REVOLUÇÃO FRANCESA EM 5 MINUTOS! 2018. 1 vídeo (5 min). Publicado pelo canal Débora Aladim. Disponível em <https://youtu.be/eg47cCMcQr0>. Acesso em: 3 ago. 2022.
  • A ASCENSÃO DE NAPOLEÃO. Apresentação de Filipe Figueiredo. 2020. 1 vídeo (9 min). Publicado pelo canal Nerdologia. Disponível em <https://youtu.be/ZK5vwrLthl0>. Acesso em: 3 ago. 2022.


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Olívia Baldissera

Por Olívia Baldissera

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Jornalista e historiadora. É analista de conteúdo do Blog do EAD.