O que é o tripé ensino, pesquisa e extensão, falado na universidade?

Postado em 2 de out de 2022
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Se você está se preparando para ingressar no ensino superior, provavelmente já deve ter lido ou ouvido falar sobre os conceitos de ensino, pesquisa e extensão.

Esses três pilares são a base do conhecimento acadêmico, fazendo parte do currículo de todos os cursos de graduação. Por isso, é muito comum que as universidades informem que sua base curricular contempla essas três especificidades do ensino superior.

Mas, você sabe de fato o que cada uma delas significa e por que são tão importantes? Conhecer esses conceitos é fundamental porque influenciam na sua formação e no seu futuro profissional.

Neste artigo, falaremos mais sobre o tripé ensino, pesquisa e extensão. Continue conosco e descubra tudo sobre o assunto!

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A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão

Você sabia que os conceitos de ensino, pesquisa e extensão estão previstos na Constituição Brasileira? É isso mesmo: em seu artigo 207, a Constituição Federal de 1988 estabelece a chamada indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

Isso quer dizer que, conforme a legislação, esses três pilares são inseparáveis e essenciais para a construção de uma instituição de ensino superior de qualidade e que atenda as necessidades dos alunos e também da sociedade.

Logo, todas as universidades devem trabalhar esses três eixos de forma equivalente na formação para os estudantes. Confira o que diz o artigo:

As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

Esses três conceitos são complementares, devendo, por isso, fazer parte da vida acadêmica de todos os estudantes. Mas, como eles funcionam na prática? Você vai compreender a seguir:

Ensino

É a parte da vida acadêmica com que estamos mais familiarizados. Ou seja, as aulas, monitorias, atividades em laboratório, etc. O ensino é o meio dos estudantes construírem conhecimento dentro da sua área de estudos.

É o ensino que fornece a base do conhecimento para que o estudante atue em determinada profissão ou se aprofunde em certo campo do saber.

Para entender melhor, vamos utilizar um exemplo prático do curso de Administração, por exemplo. Nesse caso, a parte do ensino está concentrada nas próprias disciplinas da grade curricular, que abordam desde o campo teórico ao prático.

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Pesquisa

Essa é a parte da formação que diz respeito à materialização de conhecimento adquirido.

A pesquisa acadêmica tem como objetivo relacionar aspectos objetivos e subjetivos, investigar fenômenos e traçar teorias com base na bibliografia da área. O TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) faz parte do pilar de pesquisa, por exemplo.

Ou seja, durante sua formação, em certos momentos e oportunidades, você se dedicará a um objeto de estudo específico, pesquisando e, consequentemente, aprendendo e formando novos conhecimentos sobre o tema em questão.

Novamente, vamos pensar em um exemplo prático para que você compreenda melhor: imagine o curso de Nutrição.

Além da parte do ensino, durante o curso, o estudante de Nutrição tem a oportunidade de participar de grupos de pesquisa para estudar assuntos e resolver problemas reais, como uma doença ligada à alimentação, por exemplo.

Isso certamente o ajudará muito ao exercer sua profissão e ainda trará novas abordagens para os estudos da área, o que pode acarretar em novos medicamentos e tratamentos, trazendo também contribuições para a sociedade.

Extensão

A extensão talvez seja o pilar menos familiar entre os três, mas ele é tão importante quanto os mencionados anteriormente.

O eixo extensão diz respeito a atividades que buscam estabelecer uma relação entre a universidade e a sociedade. Ou seja, são momentos de troca de conhecimento entre a instituição e a comunidade.

A extensão reúne iniciativas voltadas para questões da sociedade moderna. Exemplos bastante conhecidos de projetos de extensão são os hospitais universitários.

Desde 2014, o Plano Nacional de Educação determina que a extensão deve ser obrigatória na graduação e pós-graduação. Além disso, o Ministério da Educação (MEC) também incluiu na resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018, um reforço sobre esta obrigatoriedade.

Segundo essa resolução, os créditos curriculares dos estudantes devem ser no mínimo 10% voltados para projetos de extensão em áreas sociais. A proposta busca valorizar o terceiro pilar das universidades tanto para professores como para os alunos.

Alguns frentes extensionistas são:

  • Cursos de extensão;
  • Prestação de serviços sociais;
  • Resultado do trabalho com a Pesquisa e o Ensino.

Agora vamos pensar em um exemplo prático? Tenha em mente o curso de Ciências Contábeis.

Além de realizar ensino (as disciplinas do curso) e pesquisa (participar de um grupo de pesquisa), os estudantes podem fazer parte de projetos de extensão para atendimento à comunidade, com iniciativas que visam auxiliar no bem-estar financeiro ou na educação financeira da população, por exemplo.

Juntos, esses três eixos acadêmicos ajudam as universidades a formar profissionais mais qualificados e preparados para o mercado de trabalho.

O ensino, pesquisa e extensão também vale nos cursos a distância

Você já sabe que a extensão faz parte da formação de todos os estudantes universitários, certo? O que talvez você ainda não saiba é que isso vale para os cursos EAD também.

Afinal, essa modalidade busca garantir a mesma qualidade do ensino presencial, fornecendo, assim, formação com base nos três eixos.

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Redação Blog do EAD

Por Redação Blog do EAD

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