Os países do Eixo e Aliados na Segunda Guerra Mundial [História no Enem]

Postado em 20 de jul de 2023
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A Segunda Guerra Mundial ocorreu entre 1939 e 1945, envolvendo operações e confrontos militares entre 72 países.

Foi o maior conflito do século XX, com o maior número de vítimas na história da humanidade. A estimativa é que tenham morrido 27 milhões de soldados e 25 milhões de civis, dentre esses, 6 milhões eram judeus.

Os grupos que se enfrentaram nessa guerra foram os Aliados (Reino Unido, França, União Soviética e Estados Unidos) e o Eixo (Alemanha, Itália e Japão).

Os Países do Eixo eram aqueles que reuniam as ideologias autoritárias, englobando o nazismo e o fascismo.

Esse conflito ficou marcado por uma série de acontecimentos impactantes, muitos deles mudaram os rumos da história da humanidade. O Massacre de Katyn, o Holocausto, o Massacre de Babi Yar e o lançamento das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki foram alguns dos principais.

Neste artigo, falaremos mais sobre a participação países do Eixo e Aliados na Segunda Guerra Mundial, apresentando os antecedentes e consequências desse conflito.

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Aqui você vai ver:

 

Antecedentes da Segunda Guerra Mundial

A Segunda Guerra Mundial ocorreu por uma série de fatores, mas o expansionismo e o militarismo da Alemanha certamente estão entre os principais. Para entender esse cenário, precisamos voltar à Primeira Guerra Mundial.

Depois desse confronto, a Alemanha tornou-se alvo de humilhação e mergulhou em uma grave crise econômica durante a década de 1920. Todo esse cenário permitiu que o radicalismo de extrema-direita ascendesse no país, surgindo o nazismo.

Os nazistas criticavam os termos do Tratado de Versalhes, defendiam a militarização da Alemanha e tinham opiniões abertamente antissemitas.

O Tratado de Versalhes foi um tratado de paz assinado após a Primeira Guerra Mundial.

Nesse documento, ingleses e franceses impuseram os termos da rendição alemã em 1919, após longos meses de deliberações. Esse tratado foi entendido pelos historiadores como extremamente rígido e contribuiu para arrastar a Alemanha para uma crise econômica e política.

Diante desse cenário, o crescimento dos nazistas foi exponencial durante a República de Weimar (1919-1933), muito por conta de Adolf Hitler. Assim, os nazistas assumiram o poder na Alemanha em 1933, iniciando a construção de um governo totalitário.

Uma vez no poder, eles buscaram recuperar a economia alemã e reorganizar o exército. Assim, deu-se início à expansão territorial.

A expansão territorial defendida pelos alemães fazia parte da ideologia nazista de formação de um “espaço vital” para abrigar os arianos. Além disso, sua prosperidade seria garantida por meio da exploração de povos enxergados como “inferiores”.

No final da década de 1930, os alemães voltaram-se, a princípio, contra a Áustria, nação historicamente de idioma e cultura alemãs. E em 1938, os alemães iniciaram uma campanha maciça para garantir a unificação dos dois países.

Isso se concretizou em março de 1938 em um evento conhecido como Anschluss. Depois disso, os alemães voltaram-se contra a Tchecoslováquia, por conta de uma região conhecida como Sudetos.

Contudo, as exigências alemãs sobre os Sudetos alarmaram ingleses e franceses, e a tensão diplomática na Europa aumentou.

Para contornar essa situação, foi organizada a Conferência de Munique, em 1938. Nesse evento, ingleses e franceses, temerosos de que uma guerra fosse iniciada, cederam às pressões alemãs e permitiram que os alemães invadissem o território da Tchecoslováquia.

Um ponto importante da Conferência de Munique é que ingleses e franceses exigiram que Hitler assumisse o compromisso de que a Tchecoslováquia seria a última exigência territorial da Alemanha.

Hitler firmou esse acordo, mas estava blefando. Ele não acreditava que ingleses e franceses teriam coragem de declarar guerra aos alemães. Assim, em 1939, Hitler colocou seus olhos sobre a Polônia.

À medida que a tensão entre Alemanha e Polônia aumentava, ingleses e franceses assinaram acordos militares com o segundo país para resguardá-lo, em caso de agressão do primeiro.

Como Hitler não acreditava na resposta francesa e inglesa, ele ordenou o ataque contra a Polônia em 1º de setembro de 1939. Esse ato foi considerado o estopim da Segunda Guerra, já que dias depois Reino Unido e França declararam guerra à Alemanha.

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Os países do Eixo e os Aliados

Eixo e Aliados - aviões de guerra no céu coberto por nuvens

Na Segunda Guerra Mundial, estiveram envolvidos dois grupos de países: os do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) e os Aliados (Reino Unido, França, União Soviética e Estados Unidos).

Os países do Eixo eram aqueles que deram início ao conflito armado no mundo novamente. Eles foram responsáveis pelo crescimento da instabilidade em território europeu e pela efetiva eclosão da guerra.

Esses países propagavam ideologias autoritárias e extremistas e foram responsáveis pelo extermínio de minorias étnicas na Europa, sobretudo. A Alemanha era comandada por Adolf Hitler, a Itália dirigida por Benito Mussolini e o Japão liderado por Tojo Hideki e por seu imperador Hirohito.

Já os Aliados, reuniam os países combatentes ao Eixo, com a liderança de Estados Unidos, Reino Unido, União Soviética e França.

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Fases da Segunda Guerra Mundial

A Segunda Guerra Mundial estendeu-se por seis anos e alcançou um nível de mobilização chamado pelos historiadores de guerra total. Esses anos podem ser divididos em três fases:

  • 1ª fase (1939-1941): ficou marcada pela supremacia das forças alemãs e japonesas no conflito. Os alemães, por meio da blitzkrieg, conseguiram conquistar uma série de nações europeias. Os japoneses, por sua vez, iniciaram sua expansão pelo sudeste asiático, conquistando as colônias de britânicos, franceses e holandeses. Além disso, os japoneses realizaram um ataque que causou grande prejuízo aos norte-americanos, em Pearl Harbor.
  • 2ª fase (1942-1943): é o momento em que o quadro da Segunda Guerra começou a inverter-se. Os alemães foram barrados pelos soviéticos na famosa Batalha de Stalingrado, e o poder de guerra dos alemães começou a declinar. O mesmo aconteceu com os japoneses, que, após a derrota na Batalha de Midway, perderam parte considerável do seu poder de guerra e foram sendo derrotados lentamente pelos norte-americanos.
  • 3ª fase (1944-1945): momento em que os membros do Eixo são derrotados. As forças dos Aliados na Europa cercaram os alemães e conduziram a invasão do território germânico na virada de 1944 para 1945. Os japoneses passaram a sofrer cada vez mais com os bombardeios dos EUA. Internamente o país estava em colapso, mas a recusa dos japoneses em renderem-se levou os americanos a atingirem o Japão com duas bombas atômicas. A derrota do Eixo trouxe o fim à guerra.
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Principais acontecimentos da Segunda Guerra Mundial

Abaixo, apresentamos os principais episódios desses seis anos de guerra. Confira:

O Brasil na Segunda Guerra Mundial

Eixo e Aliados - soldados brasileiros na Segunda Guerra Mundial

Até 1937, o Brasil mantinha relações cordiais com a Alemanha. Em função disso, durante boa parte da Segunda Guerra Mundial, o país se manteve neutro em relação ao confronto.

Contudo, a situação mudou em 1942, quando o Brasil rompeu relações diplomáticas com o Eixo. Isso ocorreu após 19 navios brasileiros serem atacados na costa brasileira pelas forças alemãs, causando a morte de 500 pessoas.

Depois desse acontecimento, houve intensa pressão popular para a entrada do Brasil na guerra, e o governo de Getúlio Vargas passou a apoiar os Aliados.

Assim, a declaração de guerra contra a Alemanha e a Itália ocorreu no dia 31 de agosto de 1942.

Para o Brasil ingressar no confronto, foi criada a FEB (Força Expedicionária Brasileira). A FEB se incorporou ao exército norte-americano e foi treinada por eles na Itália.

O contingente da FEB era formado por 25.445 mil homens para atuar exclusivamente na guerra. Destes, 450 soldados morreram e três mil ficaram feridos no decorrer da campanha do Brasil.

Os soldados brasileiros chegaram no dia 16 de julho de 1944 à Itália, lutando ao lado do exército dos Estados Unidos. Eles conseguiram expulsar o exército alemão que ainda resistia no norte da Itália. Os soldados brasileiros tomaram Massarosa, Camaiore e Monte Prano.

Além disso, no início de 1945, ajudaram a conquistar pontos estratégicos como Monte Castelo, Castelnuovo e Montese.

Após a assinatura de rendição alemã e fim da guerra em 1945, a FEB começou a ser desmobilizada ainda na Itália.

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Consequências da Segunda Guerra Mundial

Eixo e Aliados - soldados da Segunda Guerra Mundial enfileirados

A Segunda Guerra Mundial marcou profundamente o mundo contemporâneo. Abaixo, apresentamos as principais consequências do conflito:

Criação da ONU

Quando a Segunda Guerra Mundial acabou, muitos líderes estavam preocupados com a possibilidade de que conflitos como aquele se repetissem.

Para evitar isso, 50 países se reuniram durante a Conferência de São Francisco nos Estados Unidos, no ano de 1945, para a criação da ONU (Organização das Nações Unidas).

O principal objetivo da ONU é atuar na defesa dos direitos humanos, mediar conflitos internacionais e promover a paz entre os países.

Antes da ONU, existia a Sociedade das Nações, que também era uma organização internacional e foi idealizada em Versalhes, logo após a Primeira Guerra. Porém, como fracassou em seu objetivo, ela foi extinta em 1942.

Atualmente, a ONU é a principal organização internacional que existe, com 193 países membros.

A instituição se envolve em várias missões de paz ao redor do mundo e age através de sanções diplomáticas, econômicas, desportivas e políticas para punir os países que ameaçam a paz mundial.

Enfraquecimento da Alemanha e divisão do território

Depois da derrota na Segunda Guerra Mundial, a Alemanha se fragmentou. Em um primeiro momento, foi só uma diferença ideológica, mas depois se transformou em territorial.

Com a construção do Muro de Berlim, em 1961, o país se dividiu em Alemanha Oriental e Alemanha Ocidental e ficou assim por quase 30 anos, até a Queda do Muro de Berlim, em 1989.

Guerra Fria

A Guerra Fria começou logo após o fim da Segunda Guerra Mundial.

No fim do conflito, os Estados Unidos e a União Soviética saíram como grandes potências mundiais, mas como os países tinham diferenças ideológicas muito fortes, acabaram criando um clima de polarização.

De um lado estava os EUA, um país de economia liberal. Do outro lado a URSS, um estado socialista.

O governo americano buscava conter o avanço do comunismo na Europa e criou o Plano Marshall, que visava garantir a recuperação do continente destruído pela guerra. Na verdade, o que os Estados Unidos pretendia era aumentar seu poder de influência na Europa.

Logo que perceberam a jogada, os soviéticos proibiram os países que participaram do seu bloco de aderirem à doutrina americana.

Assim, surgiu a Guerra Fria, um conflito basicamente político-ideológico, marcado pela briga armamentista, corrida espacial, e outras guerras, como a Guerra do Vietnã e a Guerra do Afeganistão.

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Mariana Moraes

Por Mariana Moraes

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