Entenda a diferença entre vestibular e Enem

Postado em 15 de mai de 2023
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Se você está se preparando para entrar na faculdade, certamente deve estar pesquisando sobre os processos seletivos e formas de ingresso no ensino superior.

Nesse processo, é bem possível que você tenha se deparado com a seguinte questão: qual a diferença entre vestibular e Enem? Neste artigo, explicamos como funcionam cada um desses modelos de prova.

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A diferença entre vestibular e Enem

A principal diferença entre o vestibular e o Enem é o objetivo.

O vestibular é um processo seletivo mantido e criado pelas instituições de ensino para selecionar novos alunos. Já o Enem é um exame que resulta em uma nota que pode ser usada para participar de processos seletivos para o ensino superior.

Em resumo, um candidato faz o vestibular para tentar uma vaga em uma instituição específica. Por sua vez, ele faz o Enem para tentar vagas através do Prouni e Sisu, e para conseguir financiamento estudantil através do Fies.

Como funcionam os vestibulares tradicionais

O vestibular foi por muito tempo a forma mais tradicional de acessar o ensino superior.

Ele é basicamente uma prova, com questões objetivas e/ou redação, desenvolvida pela própria instituição de ensino em seu processo seletivo de novos alunos. Os candidatos com as notas mais altas são selecionados para ocupar as vagas nessa instituição.

Cada faculdade tem liberdade para elaborar o seu próprio vestibular. Ou seja, não existe um modelo padrão que deve ser seguido por todas.

Contudo, os mais tradicionais costumam cobrar conhecimentos nas áreas de exatas, humanas, biológicas e linguagens, além de uma redação. O número de questões e tempo de prova dos vestibulares também é variável.

Há vestibulares de fase única e outros divididos em duas etapas eliminatórias: uma para testar os conhecimentos gerais e outra para os específicos.

Por isso, caso você opte por fazer um vestibular ou mais de um, é importante estudar bem o modelo e resolver provas anteriores para ficar familiarizado com o concurso.

Como funciona o Enem

Antes de tudo, é importante ressaltarmos: o Enem, por si só, não é um processo seletivo. É a nota nesse exame que pode ser usada para concorrer a vagas nas universidades.

Por isso, apenas fazer a prova do Enem não garante vaga em nenhuma universidade. Para concorrer à vagas, é preciso se inscrever nos processos seletivos que utilizam a nota do exame.

O Enem foi criado nos anos 1990 para avaliar a qualidade do ensino médio no Brasil e continua a ter esse objetivo até hoje.

No entanto, ao longo do tempo, o exame ganhou importância e passou a ser usado também como critério de classificação em diversos processos seletivos para ingresso no ensino superior – substituindo o vestibular em algumas universidades, inclusive.

O Enem é aplicado em dois domingos, entre outubro e novembro, todos os anos. Tem, ao todo, 180 questões objetivas de múltipla escolha distribuídas em quatro áreas do conhecimento:

  • Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Biologia, Química e Física.
  • Ciências Humanas e suas Tecnologias: História, Geografia, Filosofia e Sociologia.
  • Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: Português, Literatura, Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol), Artes, Educação Física e Tecnologias de Informação e Comunicação.
  • Matemática e suas Tecnologias: conteúdos de Matemática.

Além de responder às perguntas, os estudantes também devem produzir uma redação de modelo dissertativo-argumentativo sobre um tema proposto no momento da prova.

Só depois de realizar a prova do Enem e receber a nota do exame que os estudantes podem usar o seu desempenho para ingressar no ensino superior.

Abaixo, apresentamos os principais processos seletivos que utilizam a nota do Enem:

Prouni

O Prouni (Programa Universidade para Todos) é um programa do Governo Federal criado para conceder bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições privadas de ensino superior.

Além de ter feito o Enem mais recente, com desempenho de pelo menos 450 pontos na média das provas e nota maior do que zero na redação, podem concorrer às bolsas de estudos do programa aqueles que atenderem aos critérios de renda familiar e escolaridade estabelecidos.

Diversas universidades privadas aderem ao ProUni, que também acontece duas vezes ao ano. Assim, se você deseja estudar em uma universidade particular com bolsa de estudos, se inscrever no Prouni é a melhor alternativa.

🔵 Leia mais: Como funciona o Prouni: confira um guia completo sobre o programa

Fies

A nota do Enem também é usada como critério para seleção do Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior).

O FIES é um programa do MEC, criado em 1999, destinado a financiar a graduação de estudantes matriculados em instituições de ensino superior particulares. Os valores financiados só começam a ser pagos depois da formatura, com prazo longo e juros baixos.

Para concorrer ao programa, é preciso ter feito qualquer Enem a partir de 2010, desde que tenha alcançado desempenho de pelo menos 450 na média das provas e nota acima de zero na redação. Assim como o ProUni, o FIES também tem critérios de renda familiar.

A seleção ocorre duas vezes por ano.

Ingresso alternativo nas instituições

Como visto acima, existem instituições de ensino que aceitam a nota do Enem como alternativa ao vestibular. Então, essa é mais uma forma de ingressar.

Nesse caso, no ato da inscrição, você submete o seu desempenho e a instituição considera a nota como sua participação no processo seletivo.

Algumas, inclusive, oferecem bolsas de estudo com descontos de acordo com a nota.

Sisu

O candidato que fez a edição mais recente do Enem e não zerou a redação pode se inscrever no Sisu (Sistema de Seleção Unificada).

Ele é um programa do Ministério da Educação (MEC) que oferece vagas em universidades públicas de todo o Brasil sem precisar fazer o vestibular próprio da instituição.

Ou seja, se você quer tentar vagas em mais de uma universidade pública, não é necessário fazer mais uma maratona de provas, basta o Enem.

O processo seletivo do Sisu é totalmente automatizado e utiliza as notas do Enem para classificar os candidatos — ou seja, só entram aqueles que tiverem a pontuação mais alta.

A participação é gratuita e a seleção acontece duas vezes por ano.

🔵 Leia também: Como funciona a nota de corte do Prouni: tudo o que você precisa saber

Vestibular ou Enem: qual usar para ingressar na universidade?

Depois de entender a diferença entre vestibular e Enem, pode ter surgido na sua cabeça a dúvida sobre qual desses processos seletivos escolher.

Veja alguns pontos que podem facilitar a sua escolha:

Faça o Enem se você quer

  • mais chances de conseguir vaga em um curso superior.
  • entrar em qualquer instituição do Brasil que aceite a nota do Enem.
  • poder mudar de ideia enquanto o processo seletivo ainda estiver rolando.
  • usar a nota para conseguir bolsas de estudo e financiamento.
  • mais oportunidades de ingressar no curso desejado ao longo do ano.

Faça o vestibular se você

  • tem certeza de qual curso quer fazer.
  • já sabe em qual faculdade quer estudar.
  • a instituição que você quer não aceita a nota do Enem.

Mas apesar desses pontos, lembre-se de que nada impede que você faça o Enem e também preste vestibular. Optar pelos dois é uma forma de aumentar suas chances de conseguir a vaga dos seus sonhos.

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Redação Blog do EAD

Por Redação Blog do EAD

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