Bicentenário da Independência no Enem: como o assunto pode cair

Postado em 13 de jan de 2022
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Você sabia que em 2022 celebramos o Bicentenário da Independência do Brasil?

Por ser uma efeméride muito relevante para o contexto brasileiro, é bem possível que o tema seja abordado nos vestibulares e, principalmente, no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). 

Falando do Enem especificamente, é provável que o assunto ganhe um número considerável de questões na prova de Ciências Humanas e até apareça na proposta de tema da redação. 

Ou seja, estar por dentro da história da Independência do Brasil é indispensável para aqueles que realizarão a prova do Enem em 2022.

Quer descobrir como esse assunto pode cair no Enem? Fique conosco e entenda tudo sobre o Bicentenário da Independência. 

Neste artigo, você vai conferir:

 

O que é o Bicentenário da Independência 

Utilizamos o termo Bicentenário da Independência para nos referir aos 200 anos da Independência do Brasil. Em 7 de setembro de 1822, Dom Pedro proclamou a Independência do Brasil. Assim, em 2022, celebra-se o Bicentenário da Independência.

A data marca um importante momento da história brasileira, determinando o fim do laço colonial que existia com Portugal e o início de uma nação independente. 

O Bicentenário da Independência é uma das principais efemérides de 2022 em termos históricos, o que faz da temática uma boa aposta para o Enem. 

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O que é uma efeméride?

Uma efeméride é um evento que, por suas características e importância, permanece na história e é lembrado através do tempo. Ou seja, é a lembrança de um acontecimento memorável que ocorreu em determinado dia, de uma época diferente. 

O termo efeméride pode referir-se a:

  • Feriados - dia(s) de comemoração;
  • Aniversário de nascimento ou morte de personalidades relevantes
  • Marcos da história nacional e mundial 
  • Marcos da história local
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Os principais fatos do processo de Independência do Brasil 

bicentenario-da-independencia-no-enem- quadro que ilustra o sete de setembro

A independência do Brasil aconteceu em 1822. O principal marco desse período foi o grito da independência, realizado por Dom Pedro, às margens do Rio Ipiranga, no dia 7 de setembro de 1822. 

Com a independência do Brasil declarada, o país transformou-se em uma monarquia e D. Pedro I foi coroado.

A independência do Brasil foi resultado de diversos fatores, mas, sobretudo, de um processo de desgaste nas relações entre os colonos brasileiros, sobretudo da elite, com Portugal.

Abaixo, apresentamos os principais fatos relacionados a Independência do Brasil:

  • Chegada da família real no Brasil

O estopim do processo de independência do Brasil foi a transferência da família real portuguesa para o Brasil, em 1808. Essa época da história brasileira ficou conhecida como Período Joanino. O nome faz referência a D. João VI, regente que esteve à frente de Portugal e só se tornou rei português a partir de 1816. 

João VI realizou uma série de medidas que contribuíram para a modernização do Brasil, promovendo desenvolvimento econômico e florescimento cultural e artístico.

  • Revolução Pernambucana de 1817

Contudo, nem todos estavam satisfeitos com o governo de Dom João VI no Brasil. Diversas províncias brasileiras sentiam-se abandonadas e viam que as modernizações implementadas só beneficiavam a capital.

Foi por isso que em 1817, em Recife, no atual estado de Pernambuco, instalou-se uma revolta, que pretendia fundar outro país chamado Confederação do Equador.

O movimento ficou conhecido como Revolução Pernambucana. A resposta de Dom João VI à ação foi imediata e a revolta reprimida.

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  • Revolução Liberal do Porto de 1820

Entre ações de modernização, a abertura dos portos, em 1808, e a elevação do Brasil à condição de reino, em 1815, foram as mais marcantes.

Com essa segunda medida, o Brasil deixou de ser uma colônia e tornou-se parte do reino português, situação que desagradou muitos portugueses e deu início a chamada Revolução Liberal do Porto.

A Revolução Liberal do Porto pretendia derrubar a administração inglesa, recolonizar o Brasil, promover a volta de D. João VI para Portugal e elaborar uma Constituição.

Diante desses acontecimentos, no dia 7 de março de 1821, D. João VI anunciou sua partida. No entanto, deixou no Brasil seu filho mais velho e herdeiro do trono, Dom Pedro, como regente do Brasil.

Foi por causa da possibilidade de recolonização do Brasil que o processo de independência se intensificou. Nesse período, a elite econômica do país não aceitava essa possibilidade, principalmente porque afetaria seus interesses econômicos. 

Negociações estenderam-se durante 1820 e 1821. Contudo, a partir de 1822, o sentimento separatista começou a ganhar ainda mais força.

  • Dia do Fico

Com a intensificação do processo de independência, as Cortes exigiram que D. Pedro voltasse a Portugal, o que despertou atitudes de resistência no Brasil.

Assim, no dia 9 de janeiro de 1822, foi entregue ao Príncipe Regente uma petição com 8.000 assinaturas solicitando que não abandonasse o território brasileiro. Cedendo às pressões populares, D. Pedro proferiu a famosa frase: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Diga ao povo que fico".

O Dia do Fico foi mais um passo para a independência do Brasil.

  • 7 de setembro 

No dia 7 de setembro de 1822, voltando para o Rio de Janeiro, D. Pedro se encontrava às margens do riacho Ipiranga em São Paulo, quando recebeu os últimos decretos de Lisboa. 

Um desses decretos o transformava num simples governador, sujeito às autoridades das Cortes. Essa ação por parte de Portugal o levou a decidir que estavam cortados os laços que uniam o Brasil a Portugal. 

Dessa forma, ordenou que todos os presentes tirassem dos uniformes as insígnias portuguesas que levavam e, supostamente, gritou "Independência ou Morte".

É por isso que o Dia da Independência do Brasil é comemorado no dia 7 de setembro. Afinal, esse é o momento simbólico em que D. Pedro rompeu as relações de subordinação com Portugal.

Contudo, é importante pontuar que o processo de independência não trouxe mudanças imediatas para o Brasil.  Após o 7 de setembro, a realidade social do Brasil continuou a mesma do período colonial. 

Nessa época, a aristocracia rural escravista decidiu embarcar em um projeto de manter o regime monárquico, impedindo que o Brasil se tornasse uma república e não abolindo a escravidão. 

Isso fez com que a estrutura social se mantivesse inalterada. Mudanças reais só passaram a acontecer anos depois, com a proclamação da República e a abolição da escravidão. 

Como o Bicentenário da Independência pode cair no Enem? 

bicentenário da independência no enem - cadernos amarelo e azul do enem e mão de pessoa escrevendo em caderno ao fundo

A Independência do Brasil sempre foi um tema recorrente no Enem. Assim, com o bicentenário da data, a tendência é que em 2022 a temática seja ainda mais explorada e ganhe um número maior de questões na prova de Ciências Humanas. 

Confira algumas tópicos do assunto que podem ser cobrados na prova de Ciências Humanas:

  • Crise no sistema colonial
  • Causas da independência
  • Revoltas populares no período de proclamação da independência do Brasil.
  • Como se deu o processo de independência do Brasil
  • O Brasil depois da independência 

Bicentenário da Independência na redação do Enem

Além de ganhar questões na prova de Ciências Humanas, é possível utilizar a temática do Bicentenário da Independência na redação do Enem

É pouco provável que o tema da redação aborde especificamente o processo de independência do Brasil. Afinal, essa não costuma ser a proposta da redação. 

No entanto, considerando que a redação do Enem sempre traz uma temática relacionado com a realidade social do país, é possível mencionar e traçar paralelos com o Bicentenário da Independência. 

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História do Brasil no Enem 2022: outros temas que podem ser cobrados 

Em relação aos temas de história, é essencial que os estudantes tenham conhecimento sobre fatos históricos importantes — da história mundial e brasileira — e sobre questões que estão em pauta na atualidade. 

Abaixo, trazemos os principais assuntos da história que podem ser cobrados no Enem 2022. Confira:

  • Período colonial e escravidão no Brasil;
  • Segundo Reinado;
  • República Velha;
  • Era Vargas;
  • Ditadura Militar no Brasil;
  • Grandes navegações;
  • Grécia e Roma;
  • Idade Média;
  • Revolução industrial;
  • Primeira e Segunda Guerra Mundial;
  • Nazismo/Holocausto e Fascismo;
  • Guerra Fria.

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Mariana Moraes

Por Mariana Moraes

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